terça-feira, 25 de agosto de 2009

Max Haus

Customização é na nova Onda?

O uso de uma nova tecnologia de construção, em que os espaços ficam livres para que o dono opte por como quer seu interior, já é bem comum no exterior, mas aqui no Brasil é algo relativamente novo. Um novo empreendimento imobiliário veio para mudar isso, é o Maxhaus, um conceito que aposta na individualidade e na exclusividade. Maxhaus se baseia num sistema de arquitetura aberta, isso significa que os apartamentos não possuem planta definida, não possuem paredes nem divisões. São espaços livres, sem colunas e vigas. Com exceção do banheiro e da cozinha, nada é pré-fixado pela construtora. Os compradores têm total liberdade para configurar a planta do imóvel da maneira que desejarem, pode ter um, dois, três ou nenhum quarto. Para diferencia-lo ainda mais de outros empreendimentos o piso é em cimento queimado, teto em concreto aparente, maior isolamento acústico com lajes de 16 cm de espessura. “A Arquitetura Aberta permite que cada um imprima a sua marca no jeito de morar. Estamos na era da individualidade, da personalização. O mercado imobiliário não acompanha este novo estilo social dominado pela arte, criatividade, i-pod, blogs, piercing, entre outros elementos de auto-expressão. A necessidade de ser único é cada vez maior. E ser único pode significar mudar sempre. Nada do apartamento bonitinho igual ao da revista”, explica José Paim, presidente da Max Casa, empresa que desenvolve o conceito do MaxHaus.Paim afirma ainda que a possibilidade de “evolução” é outro fator que distingue o MaxHaus dos outros projetos imobiliários: “O mais incrível do sistema MaxHaus é que o morador pode mudar o apartamento quando quiser, de acordo com a evolução da sua história. Ao clique do seu mouse”, ressalta Paim. “Nosso empreendimento está apoiado em liberdade, tecnologia, design e serviços. Esta proposta não passa pelo eixo do bonito ou feio, mas sim do autêntico, do verdadeiro e da cara do morador, o autor da própria história”, complementa. As primeiras unidades do apartamento MaxHaus serão lançadas nos bairros de Moema, Morumbi, Alphaville, Mooca e Anália Franco em São Paulo, e custam em média R$ 180 mil. O comprador recebe um apartamento de 70m² praticamente em branco: apenas o teto e as paredes com inúmeras possibilidades de personalização do imóvel. Para demonstrar o conceito, a incorporadora MaxCasa contratou o feitio de um site muito detalhado, ele é uma prévia do que o projeto pode criar. A interatividade permite que qualquer um crie seu próprio MaxHaus virtual. “O site é completamente interativo e com design arrojado. Pretende ser o elo entre o consumidor e o empreendimento. Vamos instigá-los, criar um vínculo, uma história. Por isso adotamos todas as ferramentas de interatividade. Queremos que o internauta visualize, se inspire e deseje morar no MaxHaus”, afirma André Matarazzo, diretor da agência Gringo, a responsável pelo site. Confira www.maxhaus.com.br e divirta-se criando seu próprio Maxhaus

Cabe uma reflexão, já que o design é tão valorizado e o design do prédio? E a cidade?


fonte: http://arqrobertaleal.blogspot.com/

2 comentários:

  1. Tenho um pouco de medo essa idéia de mudança de ambientes como um clique de mouse, me cheira aos deslumbramentos como o discurso da “velocidade da informação”.
    Essa flexibilidade vem tanto para o bem quanto para o mau... imagine o que pode surgir com esses espaços ultra flexíveis???
    Quanto à questão que tu deixa em aberto no final, o design dos edifícios, isso já está em pauta na Arcoweb e segue abaixo:

    Edifícios residenciais: inovação ou modismo?
    Edifícios prometem mudar positivamente paisagem urbana da zona oeste de São Paulo

    Mudança de ares
    Alguns pequenos edifícios de apartamentos prometem mudar positivamente a paisagem urbana da zona oeste de São Paulo. Os projetos são de arquitetos contemporâneos, de linguagens tão díspares como Andrade Morettin, Triptyque e Isay Weinfeld. Mas quem está por trás dessa iniciativa?

    http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/edificios-residenciais-inovacao-ou-modismo-edificios-prometem-18-08-2009.html

    Abraços

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  2. É muito triste ver confirmado os medos que nos afligem.
    Acho as perguntas do Dona sobre o desenho do objeto e da cidade extremamente pertinentes neste situação.
    Mas vemos que os artífices do empreendimento sabem bem o que estão fazendo, pregando uma liberdade idiota e dando a sensação de liberdade ao morador na hora em que nega toda e qualquer participação de um profissional que se dedica constantemente ao ofício sem perceber que nega também a possibilidade da qualificação da arquitetura em todos os aspectos que a envolvem.
    Antigamente as pessoas se orgulhavam de dizer que um arquiteto tinha pensado sua casa e os espaços da cidade. Hj em dia o marketing se agarra até no mais idiota sentimento egocêntrico das pessoas com apenas um objetivo, ganhar dinheiro. Quem quiser embarcar nessa que embarque.
    O bom é q o dia em que alguém quiser escrever a história presente da arquitetura e consultar um arquiteto para isso, o credito será dado aos responsáveis pela barbárie e ignorância.

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