segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Cidade Baixa Vive


Estava eu tomando uma cerveja entre amigos em um bar da Cidade Baixa há umas semana atrás quando avisto na rua algumas pessoas carregando cartazes. De relance o que me chamou a atenção foram as ilustrações do Santiago, famoso ilustrador da cidade. Mostravam imagens de um edifício personificado em situação de conflito acompanhado dos dizeres: "Diga não ao espigão"! Minutos depois um senhor passa de mesa em mesa entregando um panfleto da manifestação contra o tal espigão.

Pra resumir, o senhor era o próprio Santiago, morador da Cidade Baixa, insatisfeito com a contrução de um edíficio de 19 andares em frente do centro comercial Olaria. De 19 ANDANRES!!! Não é injustificado o protesto. Por sorte a obra esbarrou na SMAM em função de umas árvores dentro do terreno tombadas por lei. O que não é um enorme problema para estas construtoras que logo vão dar um "jeitinho". São capazes de matar a mãe pra levandar uma pica no meio da cidade.

No site do movimento é possível encontrar mais informações, inclusive votar o abaixo assinado contra o espigão.

http://www.cidadebaixavive.com.br/

Sei que não é a primeira vez e não será a última, mas eis que surje a questão: Quanto tempo mais a cidade vai aguentar esse tipo de coisa?

Eu só espero não viver mais nesta cidade quando problemas semelhantes aos da cidade de São Paulo aparecerem.

2 comentários:

  1. Essas questões são complicadas. Acho legal um cara que nem ele fazer essa panfletagem, visto não está diretamente ligado à arquitetura. É um cidadão consciente, que exige uma qualidade urbana.

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  2. É importantíssimo esse assunto, Tarugo. Legal tu ter abordado isso.
    Na verdade acho que não é uma questão de ser contra qualquer espigão. Acho que existem lugares na Cidade Baixa onde poderiam ser feitos espigões, principalmente ao longo das grandes avenidas. O problema é a proliferação indiscriminada dessa tipologia por toda a cidade, desconsiderando aspectos paisagisticos e culturais importantes. É o caso desse espigão na frente do Olaria.
    A falta de uma legislação urbana que defina as áreas de interesse cultural e paisagístico da cidade possibilita esse tipo de abuso.
    Lembrando que a infraestrutura viária, de abastecimento e de esgoto se sobrecarrega no momento em que ao invés de 1 família passa a servir mais de 40.
    Em parte isso é culpa dos arquitetos que não se mobilizam para protestar contra esse tipo de situação, mas sabemos que os interesses da especulação imobiliária são fortes e difíceis de combater.
    Mas não desistamos da luta.

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