sexta-feira, 24 de abril de 2009
Bela casa
Lembrando que a função deste blog é discutir arquitetura, e as opiniões expressas aqui são apenas opiniões particulares, longe de acharmos que um ou outro é dono da verdade. Se alguém discorda de algo que foi escrito aviso que o site está aberto para toda e qualquer opinião.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Arquitetura que emociona
Belíssimo prédio!
http://www.youtube.com/watch?v=VQIuh4rMbBQ
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Star System - projetos polêmicos
Deixo varias perguntas:
- Isto seria feito no intuito de estimular a arquitetura local a elevar o seu nível, e se for o caso consegue obter o resultado esperado?
- Seriam estes projetos direcionados, um modo de valorizar o edifício a ser construído com a “assinatura de um arquiteto de renome”, dando assim dando a essa obra, desde o berço já a notoriedade na mídia e aumento no orçamento do projeto por maior arrecadação nas leis de incentivo a cultura (que eu tenho minhas duvidas da validade, mas isso é outra questão) visto que as empresas dão mais atenção a estes projetos por saber que eles serão mais expostos na mídia e seu nome será mais vezes vinculado nessa “propaganda grátis” que é o “incentivo”?
- Essa pratica realmente tem valor? Um concurso aberto não poderia revelar novos arquitetos de valor, com propostas de valor?
Pensem nisso como “provocações” que surgiram com os debates da postagem anterior.
Segue abaixo o link e o texto inicial do fórum da Arcoweb.
Herzog e De Meuron em São Paulo
O escritório dos arquitetos suíços Jacques Herzog e Pierre De Meuron foi contratado pelo governo do estado de São Paulo para projetar a sede da São Paulo Companhia de Dança no centro da capital paulista.Orçado em 300 milhões de reais, dos quais entre 6,5% e 8,5%, ou seja até 25 milhões, serão cobrados pelo projeto.No Rio temos a Cidade da Música do francês Christian de Portzamparc, obra bancada pela prefeitura e que está sob investigação, orçada inicialmente em 80 milhões de reais com gastos chegando em 500 milhões.Em Porto Alegre temos o Instituto Iberê Camargo do português Álvaro Siza, construído com recursos privados e que rendeu ao seu autor o Leão de Ouro da Bienal de Veneza.São grandes nomes reconhecidos mundialmente que conseguiram emplacar projetos diferenciados no Brasil. No entanto, ao arquiteto brasileiro é ensinado que a nossa é mais simples do que a feita no exterior e que para nós é impensável realizar obras de tal escalão, etc. Bom, juntamente com pouquíssimos edifícios projetados por brasileiros, dentre eles se destacando ainda os projetos de um arquiteto centenário, os projetos mencionados acima provam que essa é apenas mais uma desculpa pela mediocridade presente na arquitetura brasileira. Ou seja, é possível sim, criar arquitetura de ponta em todos os sentidos no Brasil. Ou será que estou enganado?Por outro, são notórias as particularidades político-econômicas e sociais em que tais obras foram ou estão sendo realizadas. Denúncias de corrupção de entidades públicas, superfaturamento, desrespeito às entidades e dos processos legais requeridos, licitação, concurso, transparência de gastos, etc., posicionamento contrário dos profissionais locais para a contratação de escritórios estrangeiros, entre tantos outros problemas acompanham o desenvolvimento dos projetos mencionados acima.Apesar disso não ser uma exclusividade nacional, será que não é possível realizar um projeto desse tipo de uma forma mais transparente e coerente?
27/02/2009
Arq. Martin Pratini, Arquiteto - São Paulo
http://www.arcoweb.com.br/index.php?option=com_arcoforum&topic=314
Arquitetos suíços convidados para projeto polêmico
Legenda da foto: Jacques Herzog (à esquerda) e Pierre de Meuron, fotografos em 2003, em Basiléia. (Keystone)
Estrelas da arquitetura mundial, os suíços Jacques Herzog e Pierre de Meuron foram convidados para seu primeiro projeto no Brasil, em São Paulo.
O problema é que não houve concorrência pública para o projeto, o que acabou provocando uma grande polêmica no país.
Reconhecidos e respeitados por seus pares há muitos anos, os arquitetos suíços Jacques Herzog e Pierre de Meuron foram alçados à condição de estrelas internacionais após assinarem projetos de grande visibilidade, como a Tate Modern de Londres e o Estádio Olímpico de Pequim (conhecido como Ninho do Pássaro), entre outros.
Tanto prestígio fez com que o governo do estado de São Paulo convidasse no fim de 2008 o escritório Herzog & De Meuron para participar de seu primeiro grande projeto no Brasil, o Teatro da Dança e da Ópera de São Paulo. Mas, a escolha, feita sem que fosse aberto um processo de licitação pública, acabou provocando uma grande polêmica no país.
De um lado, associações representativas dos arquitetos brasileiros protestam contra a escolha de profissionais estrangeiros e criticam o montante que será pago pelo governo paulista ao escritório suíço. De outro, o alto custo estimado para o projeto faz com que os opositores do governador José Serra, candidato declarado à Presidência da República, o critiquem por fazer uso eleitoral da obra.
Projetado para ser a futura sede da São Paulo Companhia de Dança e do Centro de Estudos Musicais Tom Jobim, o Teatro da Dança e da Ópera será erguido no terreno onde está situada a antiga rodoviária da capital paulista, atualmente um shopping, no histórico bairro da Luz.
O complexo, segundo a Secretaria de Cultura de São Paulo, ocupará uma área de cerca de 20 mil metros quadrados e abrigará salas de ensaio, uma biblioteca e um espaço para aulas de dança, além de três teatros. O principal terá capacidade para cerca de 1,8 mil espectadores, enquanto os outros dois terão 600 e 450 lugares, respectivamente.
O custo total estimado pelo governo estadual para o projeto de construção do Teatro da Dança e da Ópera de São Paulo é de R$ 300 milhões. Segundo a Secretaria de Cultura, o contrato firmado com o escritório Herzog & De Meuron prevê o pagamento de uma comissão entre 6,5% e 8,5% desse valor, o que significa algo entre R$ 19,5 milhões e R$ 25,5 milhões.
Críticas ao custo
Considerado como demasiado alto, este valor provocou a ira de parte dos arquitetos brasileiros. O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) decidiu enviar uma petição ao secretário estadual de Cultura de São Paulo, João Sayad, "solicitando esclarecimentos sobre a forma de contratação do escritório internacional".
Em nota pública, a presidente da IAB-SP, Rosana Ferrari, afirma que o instituto pediu ao seu "Grupo de Licitação" - composto pelos arquitetos Altamir Fonseca, Anne Marie Sumner e Hector Ernesto Vigliecca - que emitisse "um parecer técnico, estudando melhor o que aconteceu e até onde essa situação está em desacordo com a nossa legislação".
Em uma outra iniciativa, dois renomados arquitetos paulistas, Euclides Oliveira e Pitanga do Amparo, enviaram uma petição aberta ao governador José Serra para apresentar "algumas considerações" sobre o que definem como "a contratação irregular do escritório de arquitetura suíço superstar Herzog & De Meuron".
Além de acusarem Serra de visar "um mais que manjado 'Efeito Bilbao' de caráter eleitoreiro" com a construção do Teatro da Dança e da Ópera, Oliveira e Amparo criticam o valor que será pago aos suíços pelo projeto: "Pretende o governo pagar ao Herzog & De Meuron R$ 25 milhões pelo projeto, enquanto paga aos nossos arquitetos, por exemplo, cerca de R$ de 15 mil por projeto de escola de segundo grau com 15 salas de aula, o que não deixa de ser uma afronta à nossa categoria profissional", diz a petição.
Governo se defende
O Governo de São Paulo se defende das críticas afirmando que a escolha do escritório suíço está amparada pela Lei Federal 8.666, de 1993, que determina ser "inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição para a contratação de serviços técnicos de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização".
Determinada a não alimentar a polêmica, a Secretaria de Cultura de São Paulo evita falar sobre o assunto. Em comunicado à imprensa, o secretário João Sayad afirmou que dispensou a licitação pública "porque isso engessaria a possibilidade de alterar o projeto". Sobre a escolha da prestigiada dupla suíça, Sayad afirmou que "queríamos nomes notáveis".
Conclusão em 2010
Procurado pela reportagem da swissinfo, o escritório Herzog & De Meuron também foi sucinto nas informações e evitou tocar na polêmica: "Jacques Herzog e Pierre de Meuron estão apenas começando a trabalhar no desenvolvimento do projeto do Teatro da Dança e Ópera de São Paulo, por isso ainda é muito cedo para divulgar desenhos ou estudos sobre o projeto neste momento", informou Jolanda Meyer, gerente de Comunicações do escritório de arquitetura.
Na única declaração publicada na imprensa brasileira desde que foi anunciada a escolha feita pelo governo paulista, Pierre de Meuron afirmou ao jornal Folha de São Paulo que não vê a hora de dar início ao seu primeiro projeto no Brasil: "Tenho ótimas lembranças do Brasil, de Brasília, de São Paulo. Agora, há uma boa perspectiva para voltar e me envolver mais com as pessoas. Como acontece em todos os nossos projetos, precisamos conhecer melhor a cidade onde vamos trabalhar, analisar, compreender, olhar a região", disse.
Os arquitetos suíços devem apresentar seu projeto ao Governo de São Paulo até o fim de março e, para tanto, já organizam a montagem de uma filial de seu escritório com cerca de 20 profissionais na capital paulista.
As obras devem começar no segundo semestre de 2009 e têm término previsto para o final de 2010. Para facilitar seu trabalho, Herzog e De Meuron contarão com um estudo de cerca de 200 páginas realizado pela empresa inglesa Theatre Projects Consultants, que é especialista na construção de teatros e responsável por cerca de 300 projetos de teatro em todo o mundo.
swissinfo, Maurício Thuswohl, Rio de Janeiro
http://www.swissinfo.ch/por/capa/Arquitetos_suicos_convidados_para_projeto_polemico.html?siteSect=107&sid=10229716&cKey=1232869410000&ty=st